sábado, 24 de setembro de 2011

AZEITONA DE RIPA

AZEITONA DE RIPA
Apanha da Azeitona de Ripa e limpeza da mesma com um processo novo, chamado de “ Manuel António Afonso e Luís Carriço” – nome inventado por mim, que é de maior eficiência e de menor esforço, deixando de se usar as caixas de plástico. No fim a azeitona já vai limpa para os tanques de água e calibradas com outros produtos e são curadas. Depois irão para restaurantes ou conservas.
Os sacos utilizados são de 400 Kg e usados também na apanha da amêndoa
Agricultura mais moderna e mecanizada em Vilarelhos, freguesia de Alfândega da Fé no olival do senhor Afonso.
Desta azeitona de ripa se fazem também as ALCAPARRAS (azeitona esmigalhada sem caroço), pois a azeitona é maior e o caroço sai com mais facilidade, embora, também se faça Alcaparras de Azeitona de Azeite.
Espécies de Oliveiras de Azeitona de Azeite mais rentáveis, a Cordovil, a Verdial, a Cobrançosa e a Madural.
Espécies de Azeitona de Ripa mais rentáveis, a Negrinha de Freixo e Cordovil
















domingo, 18 de setembro de 2011

domingo, 24 de julho de 2011

HISTÓRIA

D. Pedro Fernandes de Bragança(1130 -?) foi um rico-homem e cavaleiro medieval do reino de Portugal e mordomo-mor de D. Afonso Henriques de Borgonha entre os anos de 1169 e 1175.
No século XII fez a doação de Vilarelhos, freguesia do concelho de Alfândega da Fé, situada na margem esquerda da Ribeira da Vilariça, no vale da Vilariça, no coração do nordeste transmontano ao mosteiro de Bouro.

MALA-POSTA

Esta quinta foi, em tempos, estalagem da Mala-Posta da Estrada Real Lisboa-Bragança e possui um sítio de arte rupestre designado Poço da Moura.


MALA-POSTA



A Mala-Posta surgiu em Portugal inserida no processo de extinção do Ofício do Correio-Mor, que durante cerca de dois séculos esteve na posse da família Gomes da Mata, passando a ser explorado pelo Estado em 1797.

Nessa altura, na maior parte dos países europeus, os correios a pé ou a cavalo tinham já dado lugar ao transporte em carruagem e abrangiam também o transporte de passageiros.

Foi José Mascarenhas Neto, ao ser nomeado para o cargo de Superintendente Geral dos Correios e Postas do Reino, que instituiu o serviço da Mala-Posta. São de sua autoria o «Methodo para construir as Estradas de Portugal» e as «Instruções para o estabelecimento das Diligências entre Lisboa e Coimbra». Este regulamento estabelecia, além das normas de conduta que envolviam pessoal e passageiros, os percursos, as paragens e respectivos horários, nas «Estalagens» e «Casas de Posta», que deveriam ser assinaladas com as Armas Reais.

Com António Fontes Pereira de Melo à frente do Ministério das Obras Públicas, a partir de 1852, operam-se grandes remodelações nos serviços de comunicações. É utilizado o método «Mac-Adam» na estrada Lisboa-Porto, são adquiridas novas carruagens francesas e novos cavalos. As estações de muda também sofrem alterações, passando a ter um estilo arquitectónico tipificado e a servir também para os viajantes cearem e pernoitarem.

Em 1859, a ligação entre Lisboa e Porto através das carreiras da Mala-Posta fazia-se em 34 horas e passava por 23 estações de muda.

Apesar do bom serviço que as diligências prestavam nessa altura, a sua extinção foi irreversível com o aparecimento do comboio, muito embora se mantivessem em actividade durante mais algum tempo, como atestam os «Manuais do Viajante» da época.

Os percursos da Mala-Posta:

1º- De 1798 a 1804
- Mala-Posta de Lisboa a Coimbra

2º- De 1826 a 1831
- Mala-Posta de Vila Nova da Rainha às Caldas da Rainha: 1826 a 1827
- «Reais Diligências de Posta» entre Aldeia Galega e Badajoz: 1829 a 1831

3º- De 1852 a 1871
- Mala-Posta e Diligências entre Porto, Braga e Guimarães: 1852 a 1871
- Mala-Posta de Aldeia Galega a Badajoz: 1854 a 1863
- Mala-Posta de Lisboa ao Porto: 1855 a 1864
Com o estabelecimento da rede ferroviaria, terminaram as carreiras da mala posta, em 1864.
A viagem de Lisboa-Porto fazia-se em 34 horas, incluindo o tempo gasto nas 4 refeições que os passageiros tomavam pelo caminho - ceia nas Caldas da Rainha, almoço em Leiria, jantar em Coimbra e ceia em OL.dos Azemeis.
O preço da passagem era de 45 reis em 1ª classe e 30 Reis em 2ª classe.

Comunicações - Correio

Ainda sobre as comunicações, há algumas curiosidades que serão de referir.No início do século XIX já era entregue correio em todas as capitais de distrito de Portugal. As viagens demoravam:
Lisboa a Coimbra - 1 dia e 23 horas
Lisboa a Faro - 2 dias e 3 horas
Lisboa ao Porto - 3 dias
Lisboa a Bragança - 4 dias e 2 horas À chegada da mala-posta com o correio, era afixada uma lista dos destinatários das cartas ou encomendas postais.
A partir de 1805, é aos correios que se deve o início da afixação de nomes nas ruas e de números nas portas das casas. No início deste século XIX, inicia-se a distribuição domiciliária de correio em Lisboa e arredores, pelos “Carteiros”.Em 1821 foram implantados os primeiros marcos de correio na via pública.Em 1853 apareceu o primeiro selo de correio, no valor de 5 Reis.
Foi com Fontes Pereira de Melo que se efectuou uma grande reforma no serviço dos correios.

VINHO

Já durante a ocupação romana se cultivava vinha e se fazia vinho nos vales do Alto Douro.A produção de vinhos na Região Demarcada do Douro é elevada, sendo cerca de 50% destinada à produção de Vinho do Porto. A restante é utilizada para a produção de vinhos de grande qualidade que utilizam a denominação de origem controlada "Douro" ou "Vinho do Douro".Sob esta denominação produzem-se vinhos brancos, tintos e rosados, vinhos espumantes e vinhos licorosos e, ainda, aguardentes de vinho. Os vinhos licorosos DOC Douro, produzidos a partir da casta Moscatel Galego Branco, utilizam a denominação "Moscatel do Douro".Situa-se no nordeste de Portugal, estendendo-se pelo vale do rio Douro e seus afluentes e abrange os distritos de Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda.Esta região, rica em micro-climas como consequência da sua acidentada orografia, divide-se em três sub-regiões - Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior, produzindo cada uma delas vinhos com especificidades próprias.
Douro Superior
Os concelhos de Alfândega da Fé (freguesia de Vilarelhos), Freixo de Espada à Cinta (freguesias de Freixo de Espada à Cinta, Ligares, Mazouco e Poiares), Mirandela (as propriedades que foram de D. Maria Angélica de Sousa Pinto Barroso na freguesia de Frechas e as da Sociedade Clemente Meneres nas freguesias de Avantos, Carvalhais Frechas e Romeu), Torre de Moncorvo, (freguesias de Açoreira, Adeganha, Cabeça Boa, Horta, Lousa, Parede dos Castelhanos, Torre de Moncorvo e Urros), Vila Flor (freguesias de Assares, Freixiel, Lodões, Roios, Sampaio, Santa Comba da Vilariça, Seixo de Manhoses, Vale Frechoso e Vilarinho das Azenhas, as Quintas da Peça e das Trigueiras e as Propriedades de Vimieiro, situadas na freguesia de Vilas Boas e Vila Flor) do distrito de Bragança.Os concelhos de Figueira Castelo Rodrigo (freguesia de Escalhão), Meda (freguesias de Fontelonga, Longroiva, Meda, e Poço do Canto) e o concelho de Vila Nova de Foz Côa, do distrito da Guarda.

PESCA AO ACHIGÃ






A barragem de Vilarelhos, no concelho de Alfândega da Fé, foi o local escolhido por um grupo de pescadores de diversos pontos do País, que se juntou para um dia de pesca ao achigã.
A prova, organizada pelo Clube de Caça e Pesca de Alfândega da Fé (CCPAF).
O tamanho e a quantidade de peixe surpreenderam os pescadores desportivos, que apostam na pesca sem morte. Ou seja, devolvem as espécies ao seu habitat depois de terem o prazer de as retirar da água.A pesca sem morte também é cada vez mais frequente. Aqueles que lançam a cana, apenas pelo gosto de apreciar o tamanho dos peixes, devolvem-nos, posteriormente, à água, para que possam ser pescados em provas futuras.
O maior achigã retirado das águas da barragem de Vilarelhos tinha 53 centímetros .Este convívio contou com o apoio da APPA- Associação Portuguesa de Pesca do Achigã.



Nome vulgar: Achigã
Nome científico: Micropterus Salmoides
Família: CentrarchidaeOrdem: Perciformes
Meio ambiente: Bento pelágico; não migratória;pH: 7.0 - 7.5;Profundidade: - 7 Metros

Clima: Temperado.Temperatura: 10 - 35°C

Origem
O achigã é originário do sul do Canadá e norte dos Estados Unidos da América e foi introduzido na Europa no final do século XIX.

Distribuíção Geográfica
Portugal:O achigã foi introduzido pela primeira vez em Portugal em 1898, na Lagoa das Sete Cidades, S. Miguel, nos Açores.No continente, no entanto, apenas em 16 de Fevereiro de 1952, através de um pequeno número de alevins (150), provenientes de uma piscicultura francesa, a Piscicultura de Clouzioux. O Achigã teve uma excelente adaptação e espalhou-se rapidamente por todas as bacias hidrográficas, particularmente a sul do Rio Tejo, sendo hoje considerado um dos predadores que mais tem contribuído para uma clara diminuição de outras pequenas espécies, nomeadamente nas albufeiras.Brasil:foi introduzido no Brasil na década de 30 e habita várias represas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Caracteristícas
Possui um corpo altivo e alongado, uma cabeça grande e de boca larga e com numerosos e minúsculos dentes, justificadamente agressiva, possui um dorso e cabeça de coloração verde escuro ou oliváceo, com flancos dourados, ventre branco, a linha lateral tem uma fiada de manchas castanhas ou negras, bem visível nos adultos e o opérculo tem duas barras escuras e uma mancha preta. Tem uma barbatana dorsal dividida em duas partes, tendo a primeira raios espinhosos, tendo ainda na boca uma maxila inferior proeminente e mais saliente do que a superior.
Habitat
Caracteriza-se como um peixe de águas temperadas ou pouco frias, habitando em locais com vegetação aquática nas albufeiras e lagoas, aparecendo também em alguns troços médios e inferiores dos rios, e habitualmente vive solitário ou em pequenos grupos. É uma espécie de superfície não excedendo normalmente os 7 metros de profundidade e que suporta bem as águas salobras.Pode medir até 80 cms. e possuir um peso máximo de cerca de 10 kgs., sendo estas medidas mais reduzidas nos exemplares europeus.
Alimentação
O Achigã adulto é um predador muito voraz, alimentando-se preferencialmente de outros peixes e crustáceos e também de insectos aquáticos.Os mais novos têm a sua alimentação baseada em insectos, crustáceos e moluscos enquanto que os alevins se alimentam de plancton.
Reprodução
Durante o período de reprodução, de Abril a Junho, o macho tem um comportamento territorial, protegendo o ninho até os novos terem 3 a 4 semanas de idade. Após este período, permanece em cardumes pouco numerosos durante mais 2 ou 3 meses.A desova ocorre quando a temperatura da água atinge os 16 a 18ºC, cada fêmea deposita entre 4.000 e 10.000 ovos em locais de fraca corrente e pouca profundidade, em ninhos feitos pelos machos sobre camadas de pedras, cascalho, areia ou entre raízes aquáticas, ficando os ovos aderentes ao substracto do ninho, o qual é bem guardado e onde procura agitar-se constantemente para melhor oxigenação dos ovos. Após a postura, a companheira é expulsa do ninho, chegando mesmo a ser caçada, podendo ainda o macho atrair outra fêmea.

POLIDESPORTIVO











Polidesportivo de Vilarelhos em Alfandega da Fé
Rua do Castelo
Recinto polidesportivo vedado com piso sintético, marcações para várias modalidades e iluminação artificial.

BARRAGEM DO SALGUEIRO (VILARELHOS)

O principal pólo de atracção é a Barragem do Salgueiro, onde se pode desfrutar da água límpida e da magnífica beleza natural envolvente

sábado, 23 de julho de 2011

HERÁLDICA

Brasão: escudo de púrpura, oliveira arrancada, de prata, frutada de negro, entre dois cachos de uvas de ouro, folhados de prata; campanha de três tiras ondadas de prata e azul. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «VILARELHOS».




Bandeira: branca. Cordão e borlas de prata e púrpura. Haste e lança de ouro.










Selo: nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Vilarelhos - Alfândega da Fé».

quarta-feira, 20 de julho de 2011

HISTÓRIA

A freguesia de Vilarelhos situa-se no extremo ocidental do concelho de Alfândega da Fé e no limite com o município vizinho de Vila Flor. A nove quilómetros de Alfândega da Fé, encontra-se na margem esquerda da ribeira de Vilariça. O topónimo Vilarelhos está relacionado com o povoamento deste território, que terá ocorrido no século X. Nessa época, terão surgido as primeiras povoações que formaram pequenas fracções de unidade agrária, muito reduzidas, daí que se chamassem de pequenos vilarelhos, visto que não podiam ser consideradas vilas. Remonta à pré-história o povoamento desta freguesia. O povoado fortificado de Nossa Senhora dos Anúncios foi habitado durante um longo período, entre a Idade do Ferro e a Idade Média. A nordeste, existiu uma necrópole medieval, com as sepulturas estruturadas em lajes de xisto. Foram recolhidos no local fragmentos cerâmicos de cronologia medieval, romana e idade do ferro, fragmentos de mós e quantidades significativas de tegula. Actualmente, não resta nada ou quase nada do sistema de fortificação do povoado. No interior do actual santuário, encontra-se uma estela funerária dupla de mármore e um fragmento de uma estátua em granito, correspondente à cabeça e pescoço, representando um guerreiro com um torques ao pescoço. A Necrópole do Larinho, perto de Barragem do Salgueiro, devia ser de origem romana. A construção de uma estrada destruiu praticamente todas as sepulturas existentes. Ainda assim, esta necrópole parece estar relacionada com o Santuário da Nossa Senhora dos Anúncios. Há ainda vestígios de dois antigos templos medievais ou modernos. Da capela de Santa Marinha, restam hoje apenas os alicerces das paredes, mas quando se sabe que o culto a Santa Marinha é normalmente iniciado na Idade Média, tem-se uma ideia da sua antiguidade. A Capela de Santo Antão também está em ruínas. Tratava-se de uma pequena capela em ruínas, constituída por dois pequenos corpos. Os elementos decorativos são inexistentes, apresentando o corpo mais antigo apenas um portal com arco de volta perfeita. Poderá ser uma construção do século XVI. No século XII, Vilarelhos foi doado ao Mosteiro de Bouro, por D. Pedro Fernandes de “Bragança”. Estava então integrado em Santa Justa de Vilariça e Santiago de Lodões. No entanto, não aparecem referências à sua existência, quer nas Inquirições de 1258, de D. Afonso III, quer no Catálogo das Igrejas do Reino de 1321, de D. Dinis. Em termos de património edificado, à falta das duas capelas anteriormente referidas, hoje em ruínas, uma palavra para o Solar do Morgado de Vilarelhos, que a Câmara Municipal de Alfândega da Fé pretende propor como Monumento Nacional. O edifício foi construído em meados do século XVIII. É um solar de planta em U, integrando capela com decoração marcadamente barroca no ângulo sudeste. Quanto à Igreja Paroquial de S. Tomé, é um templo barroco e revivalista. Foi construída no século XVIII.

DADOS GERAIS

Área: 1215 ha
População: 335 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capelas de S. Tomé, da Senhora do Rosário, Ermida da Senhora dos Anúncios, Casas Brasonadas e Senhoriais, Cruzeiro
Feiras: Feira Anual a 22 de Dezembro pela festa de S. Tomé
Festas e Romarias: Festas de S. Tomé a 22 de Dezembro, da Senhora dos Anúncios no 3º Fim-de-semana de Agosto
Gastronomia: Polvo, Bacalhau (pelo Natal), Borrego, Folar da Páscoa
Locais de lazer: Ermida de Nossa Senhora dos Anúncios com Miradouro, Ruínas da Ermida de Stº Antão, Barragem do Salgueiro, Parque Infantil
Artesanato: Tecelagem, Ferraria, Cestaria em Vime
Orago: S. Tomé
Principais actividades económicas: Agricultura, Pastorícia, Amêndoa, Vinicultura, Olivicultura, Pequena Indústria, Pequeno Comércio
Colectividades: Grupo Desportivo e Recreativo de Vilarelhos, Associação de Amigos de S. Tomé

terça-feira, 19 de julho de 2011

VISTAS PANORÂMICAS

FONTE DOS VILARELHOS

Na fonte dos Vilarelhos, termo de Alfândega da Fé, vive uma linda moura em
guarda de valiosíssimo tesouro. Um homem a quem apareceu soube-lhe falar e ela
prontificou-se a dar-lhe seis vinténs diários, tanto disse bastar-lhe para seu governo
sem necessidade de trabalhar, se lá fosse todos os dias ao dar da meia noite.
Na verdade, o homem não era peco, e todos os dias, à hora aprazada,
encontrava junto à fonte, debaixo de uma pedra, a luzente moeda de prata. Os vizinhos
admiravam-se, porque, sendo pobre, vivia à tripa-forra sem trabalhar. Os antigos
camaradas de geira chamavam-no ao passar junto da sua porta para o serviço, mas ele
dizia sempre que não ia. Por último, aborrecido com a impertinência da chamada,
retorquiu escarnecedor e soberbo:
– Que não ia trabalhar,
Nem de trabalhar precisaria,
Enquanto a Fonte de Vilarelhos
Lhe desse seis vinténs por dia.
Na noite seguinte voltou à fonte, mas a moeda não estava e nunca mais a viu.
Fonte: ALVES, Francisco M. – Memórias Arqueológico-Históricas
do Distrito de Bragança, vol. IX, Porto, 1934, p. 451.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

DESCRIÇÃO

A aldeia de Vilarelhos é de origem muito antiga, existindo na área da freguesia vestígios do período romano e sendo atestada a sua importância económica pela existência do mais importante monumento não religioso do concelho, o solar do Morgado de Vilarelhos, de traça barroca. A povoação situa se a cerca de doze quilómetros de Alfândega da Fé, para poente e na parte superior do Vale da Vilariça, possuindo ainda alguns terrenos incluídos na Região Demarcada do Vinho do Porto, pelo que a vinha e o olival são as principais riquezas da sua população, muito embora actualmente a fruticultura e a horticultura, mercê do clima propício da zona, venha a ganhar cada vez mais importância na economia da freguesia. O edifício onde até há bem pouco tempo funcionou a junta de freguesia e a escola pré primária possui um interessante alpendre com colunas de granito que, juntamente com uma fonte de mergulho e um tanque público forma o mais bonito recanto da localidade. Este edifício foi, seguramente, uma capela, ou mesmo, em tempos recuados, a primeira igreja Matriz. Na freguesia existe a barragem do Salgueiro, destinada à irrigação dos terrenos próximos e local aprazível nos dias quentes de Verão. Outro elemento cultural relevante é o cabeço de Nossa Senhora dos Anúncios em cuja vertente nordeste foi encontrada uma necrópole romana, estudada Santos Júnior, que também avançou a hipótese de ali ter existido um castro. Realizam se festas em honra de Nossa Senhora dos Anúncios, no 3° fim de semana de Agosto e de S. Tomé, a 23 de Dezembro.